Eu tenho dificuldade de lembrar o que foi que li esse ano! Junta o cérebro que está quase derretendo com a velocidade em que o tempo passa e está criada uma tarefa impossível.
Mas desse lembro-me bem! 3096 Dias foi um livro que li em uma semana exata, tamanha impressão que causou.
Fiquei extremamente chocada com os absurdos praticados pelo sequestrador doente e mais ainda com as estratégias de adaptação da Natasha. Embora depois da libertação muita gente tenha condenado-a por se solidarizar ao sequestrador, eu consigo entender que foram quase 10 ANOS! Uma menina que se tornou mulher nas mãos de um maníaco. Ele acabou sendo a família, o referencial que ela passou a ter.
Não sou especialista em psicologia para afirmar que ela teve ou não Síndrome de Estocolmo, mas faz muito sentido quando ela diz que aceitar que é uma síndrome, é ser refém duas vezes. Do sequestrador, e do inevitável. Para ela, a ligação que desenvolveu com o maníaco foi a única forma de manter sua integridade.
Não sei se conseguiria agir como ela, porque de fora vibrei com o suicídio do animal. É não sou boazinha, humanitária nem espiritualizada. Pra mim ele era um monstro que destruiu a infância de uma menina, levando junto sua confiança, autoestima e dignidade. Morreu tarde!
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