(Des) Aventuras da Princesa Solar

quinta-feira, 18 de novembro de 2010



A uma hora da manhã caminhava pelas ruas desertas e chuvosas uma bela princesa, cuja idéia de paraíso é o aquecimento global e que admira os desertos extremamente secos e terras rachadas pelo sol. Uma princesa que se recusa - ao contrario de todos os seus conhecidos do reino que clamam por chuva se faz calor e bradam aos Deuses que faça sol porque chove demais – a desejar chuva seja qual for a necessidade alegada e que afirmava que não precisava de chuva pra comer porque sua comida não era plantada na corte, mas nas zonas rurais bem distantes, o que sempre era motivo para iniciar discussões barulhentas com a rainha mãe.


Como vocês podem imaginar, ela não estava no seu momento “feliz para sempre” por causa da chuva que caia e ainda tinha de caminhar feito um pardal, desviando dos locais mais molhados, uma vez que seu equilíbrio real é um tanto precário e preocupar-se em evitar os malfeitores que pudessem estar à espreita.

A princesa caminhava pelo meio da estrada onde não havia enxurradas, o piso era plano e as sombras das árvores não a levariam a tropeçar, ou escorregar, ou virar o pé, ou torcer o tornozelo nem nenhum outro tipo de acidente que pudesse acrescentar mais um osso quebrado ao seu esqueleto. Por causa do horário e da chuva as carruagens (que naquela época eram puxadas por no mínimo mil cavalos) eram raríssimas, portanto não corria o risco de ser atropelada.
Chegando ao palácio subiu cautelosamente (também para não escorregar) a rampa coberta de limo, preparando-se para investida de seu pônei labrador cor de chocolate que sempre atacava a princesa, os mensageiros, o rei que virou sapo, o príncipe consorte, o entregador de barris de água, os visitantes e quem mais cruzassem o portal. Não pensem que era um pônei de guarda mas era um pônei um tanto doidão que queria brincar, brincar e se achava no direito de impedir a saída de quem fosse, incluindo aí eventuais invasores e ladrões.

Após um longo dia de trabalho no centro de mensageiros, a noite em sua facu seu curso de prendas do lar, uma carruagem coletiva quebrada e caminhar pela chuva, trocou-se, lavou-se e recolheu-se para dormir umas poucas horas antes de recomeçar tudo de novo.

2 comentários:

J Araújo disse...

Passei por aqui para conhecer seu blog e confesso que gostei. Valeu!

Ro Malet disse...

Eu sou uma princesa. Não espero que ninguém concorde com isso, mas o mais importante é a gente mesmo acreditar nisso. Como a princesa do texto não gosto muito de chuva, a não ser a chuva dda primavera, que como tooooda a primavera é linda também!

Sobre o vestidinho, que legal, e tu vê né, faz tempo. É que a moda vai e vem... acredito que as estampas entrem nessa onda também, vai... volta...

Beijocas!!!