Cara de tacho Mastercard

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Eu ando meio capenga. Capenga ainda é um modo sutil e velado de dizer que tô veia. É isso e resolvi consultar um geriatra cardiologista.
Ha alguns dias fiz um exame chaaaaato interessante, perfeito para pessoas estressadíssimas Zen como eu e hoje fui fazer exames laboratoriais. Posso dizer que em matéria de situações constrangedoras, eu não consigo imaginar nada inédito. Ja passei por tudo!
Eu esqueci que tinha de fazer pipi no copinho (na verdade só lembrei que eu SABIA que tinha exame de copinho, por que o namorado tinha me avisado ha uns dias atras, mas o alemão que anda me assediando, fez eu esquecer completamente). Como a moça da recepção disse que se eu já houvesse feito a primeira urina da manhã, era só esperar 4 horas, fazer higiene, fazer pipi, não coletar o pipi, continuar o pipi, coletar o pipi e levar em no máximo 1h ao laboratório, achei que valia a pena colher de uma vez lá mesmo. Afinal faltavam uns 20 min pras 4 horas.
Dai que me chamaram pra fazer a coleta e fui atendida por um sujeito (pra tirar o sangue foi uma mulher, pro mico tinha que ser homem) que me levou até o banheiro (eu fiquei imaginando uma cena estranhíssima: eu fazendo pipi no banheiro com um sujeito do lado de fora esperando eu sair com cara de tacho, óbvio, e um tubo de pipi na mão).
Rá! Minha imaginação se mostrou muito pouco criativa, a realidade é beeem mais vergonhosa: o sujeito me mandou esperar no banheiro enquanto ia pegar lenços umedecidos (Oh my God, eu sabia que iria virar bebe mas pensei que fosse beeeeem mais tarde!). Voltou com um pacotinho e uma bandeja de alumínio e se enfiou dentro do banheiro comigo!!!
No banheiro minúsculo com a porta aberta pra o corredor que leva ao balcão do desjejum, ele me esplicou que eu tinha que lavar a mão, passar o lencinho no bumbum de frente pra tras, fazer o pipi no copinho e derramar no tubo de ensaio e depois tocar a campanhia e deixar tocada. Mico total? Not!
Eu fiz todas as coisas que o sujeito me mandou  e toquei a campanhia, e fiquei la na porta do banheiro com o tubinho de xixi na mão e nada de ninguem vir buscar (mas em frente tinha uma sala de enfermagem com um vidro na porta e dois sujeitos fofocando la dentro e me vendo com cara de tacho na porta do banheiro! Atender ou pedir a alguem pra atender, não era prioridade de nenhum deles).
Enquanto esperava dei uma espiada no corredor pra identificar onde que a campanhia acendia mas não vi e fiquei muito tentada a entrar no banheiro masculino pra ligar a campanhia de lá tambem. So pra garantir que eu não ficaria ali no meio de um corredor movimentado com um tubo de urina na mão.  Entao passou no corredor uma mulher que tinha cara de autoridade e me perguntou se já tinha feito a colheta e se tinha tocado a campanhia. Como eu disse sim pra tudo, ela enfiou a cabeça na sala dos fofoqueiros e chamou alguem pra vir receber meu xixi/ki-suco de laranja.
La vem um outro sujeito sorridente que se enfia de novo no banheiro comigo pra recolher a bandeja e o xixikisuco. Será que um xixi merece tanta atenção? Ta bom que é um xixi laranja, fashion, mas ainda prefiro fazer essas coisas discretamente. Eu suspeito que andei com cara de medo pra tirar sangue (a moça me perguntou, você está bem?), será que precisavam me deixar constrangida tambem? Acho que sim. Valéria atrapalhada não tem preço.

3 comentários:

Ro Malet disse...

HSushsuhsushsuhsua, é engraçado, mas concordo que essas situações são realmente constrangedoras... detesto quando tenho que passar, mas hoje em dia até que tiro de letra, mas quando bem guria, vixi.....

Beijocas xuxu!

Ro Malet disse...

HSushsuhsushsuhsua, é engraçado, mas concordo que essas situações são realmente constrangedoras... detesto quando tenho que passar, mas hoje em dia até que tiro de letra, mas quando bem guria, vixi.....

Beijocas xuxu!

alineaimee disse...

odeio hospital e tb morro de constrangimento com esses exames.
em alguns, eu grito e pulo.
não é mentira!

rsrs