Eu ando meio capenga. Capenga ainda é um modo sutil e velado de dizer que tô veia. É isso e resolvi consultar um geriatra cardiologista.
Ha alguns dias fiz um exame chaaaaato interessante, perfeito para pessoas estressadíssimas Zen como eu e hoje fui fazer exames laboratoriais. Posso dizer que em matéria de situações constrangedoras, eu não consigo imaginar
nada inédito. Ja passei por tudo!
Eu esqueci que tinha
de fazer pipi no copinho (na verdade só lembrei que eu SABIA que tinha exame de copinho, por que o namorado tinha me
avisado ha uns dias atras, mas o alemão que anda me assediando, fez eu esquecer completamente). Como a moça da recepção disse que se eu já houvesse feito a
primeira urina da manhã, era só esperar 4 horas, fazer higiene, fazer pipi, não
coletar o pipi, continuar o pipi, coletar o pipi e levar em no máximo 1h ao laboratório, achei que valia a pena colher de uma vez lá mesmo. Afinal faltavam
uns 20 min pras 4 horas.
Dai que me chamaram
pra fazer a coleta e fui atendida por um sujeito (pra tirar o
sangue foi uma mulher, pro mico tinha que ser homem) que me levou até o banheiro
(eu fiquei imaginando uma cena estranhíssima: eu fazendo pipi no banheiro com um
sujeito do lado de fora esperando eu sair com cara de tacho, óbvio, e um tubo de
pipi na mão).
Rá! Minha imaginação
se mostrou muito pouco criativa, a realidade é beeem mais vergonhosa: o sujeito me mandou esperar no banheiro enquanto ia
pegar lenços umedecidos (Oh my God, eu sabia que iria virar bebe mas pensei que
fosse beeeeem mais tarde!). Voltou com um pacotinho e uma bandeja de alumínio e
se enfiou dentro do banheiro comigo!!!
No banheiro minúsculo com a porta aberta pra o corredor que leva ao balcão do desjejum, ele me esplicou que eu tinha que lavar a mão,
passar o lencinho no bumbum de frente pra tras, fazer o pipi no copinho e
derramar no tubo de ensaio e depois tocar a campanhia e deixar tocada. Mico
total? Not!
Eu fiz todas as
coisas que o sujeito me mandou e toquei a campanhia, e fiquei la na porta do
banheiro com o tubinho de xixi na mão e nada de ninguem vir buscar (mas em
frente tinha uma sala de enfermagem com um vidro na porta e dois sujeitos
fofocando la dentro e me vendo com cara de tacho na porta do banheiro! Atender
ou pedir a alguem pra atender, não era prioridade de nenhum
deles).
Enquanto esperava dei uma espiada
no corredor pra identificar onde que a campanhia acendia mas não vi e fiquei
muito tentada a entrar no banheiro masculino pra ligar a campanhia de lá tambem. So pra garantir que eu não ficaria ali no meio de um corredor movimentado com um tubo de urina na mão.
Entao passou no corredor uma mulher que tinha cara de autoridade e me perguntou
se já tinha feito a colheta e se tinha tocado a campanhia. Como eu disse sim pra
tudo, ela enfiou a cabeça na sala dos fofoqueiros e chamou alguem pra vir receber
meu xixi/ki-suco de laranja.
La vem um outro
sujeito sorridente que se enfia de novo no banheiro comigo pra recolher a
bandeja e o xixikisuco. Será que um xixi merece tanta atenção? Ta bom que é um xixi laranja, fashion, mas ainda prefiro fazer essas coisas discretamente. Eu suspeito que andei com cara de medo pra tirar sangue (a moça me perguntou, você está bem?), será que precisavam me deixar constrangida tambem? Acho que sim. Valéria atrapalhada não tem preço.
3 comentários:
HSushsuhsushsuhsua, é engraçado, mas concordo que essas situações são realmente constrangedoras... detesto quando tenho que passar, mas hoje em dia até que tiro de letra, mas quando bem guria, vixi.....
Beijocas xuxu!
HSushsuhsushsuhsua, é engraçado, mas concordo que essas situações são realmente constrangedoras... detesto quando tenho que passar, mas hoje em dia até que tiro de letra, mas quando bem guria, vixi.....
Beijocas xuxu!
odeio hospital e tb morro de constrangimento com esses exames.
em alguns, eu grito e pulo.
não é mentira!
rsrs
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