DESAFIO LITERARIO 2017 - 2 UM LIVRO POLICIAL

terça-feira, 11 de abril de 2017

O tema do mês de janeiro (sim! Janeiro! Eu me enrolei e perdi o gás...) foi meio brincadeirinha, fácil demais.
Embora seja um tema que gosto e tenho várias referências, portanto meio que trapaceei, este livro me fez pensar.

Pureza Mortal de J.D.Robb, pseudônimo de Nora Roberts  faz parte de uma série policial futurista. Em 2059 uma morte aparentemente acidental intriga a detetive Dallas, quando durante a investigação ocorre outra morte em circunstâncias idênticas, desta vez de um detetive da divisão de tecnologia.

Todas as reviravoltas e situações tensas de um livro policial estão ali, mas a história aborda questões éticas e bem atuais. Foi o que mexeu com minha cabeça e com muitas crenças que tinha, e tenho. Como os crimes envolvem justiça paralela, ou justiceiros, pensei muito em como pode ser perigoso brincar de Deus.

Decidir quem vive e quem morre, quem é condenado e quem é absolvido sem um sistema judicial, apenas baseado em juízos de valores individuais é falho. Inocentes podem ser penalizados e a graduação das penas podem variar conforme o código moral do carrasco. O vingador abraça a missão de eliminar traficantes de drogas. Induziu crianças ao vício, jovens perderam a vida, famílias foram desoladas. Mas o traficante existe por que há usuários, então ele vai à caça de viciados, depois de quem fuma um baseado recreativo, de quem toma uma cerveja na sexta feira após o trabalho...... Porque tudo é droga!

É a mesma história que vimos com frequência nas redes sociais. Bandido bom é bandido morto (medo desse Bolsolixo 2018!), mas só vale pro bandido pobre, negro, anônimo e morador de periferia! Porque Bruno, o goleiro, formou quadrilha, matou, ocultou o cadáver mas não é bandido bom! Nem é bandido! Pagou sua dívida com a sociedade! Merece ter um emprego..... Merece ser reinserido na sociedade.....
Uai..... Mas por que um ex presidiário que cumpriu 11 anos de uma pena de 18 não consegue emprego?

Não sei se é minha formação em Direito, se meu signo de libra, ou as duas coisas juntas mas o fato é que não podemos lutar e apoiar a "justiça pelas próprias mãos", mas por um sistema judiciário forte, decente, em que as leis sejam efetivamente cumpridas. Se não funciona, que lutemos para que se aperfeiçoe e passe a funcionar!

 



2 comentários:

Betty Gaeta disse...

Oi Val,
Sou contra a "justiça com as próprias mãos", até o momento em que o crime bata na minha porta. Se eu fosse a mãe da Elisa, o Goleiro Bruno não estaria andando por aí.
Bjs

ValLindinha disse...

Mexe com a gente, mas não mexe com filho não....
Eu acho que se ela fosse minha filha, ele tambem não estaria circulando e posando de coitadinho arrependido.